Hoje, conversamos com o Raniery Mendes — que hoje estuda emWake Forest University (WFU), é Class of 2022, pretende declarar seu major em Political Science e provavelmente um double minor em Latin American Studies e Computer Science. Segundo ele, mais do que um lugar de muitas oportunidades, WFU é o lugar que, antes de ser um aluno da instituição, você é uma pessoa com desafios que podem ser superados de forma conjunta aos professores e à comunidade universitária. Segundo ele, “as pessoas querem te ajudar indo a fundo no problema para o superar.”

A trajetória para chegar em uma universidade tão renomada na Carolina do Norte começou bem antes. Rany estudou a vida inteira em escola pública e fez o seu ensino médio no Colégio Pedro II, considerado de excelência. Lá, ele desenvolveu diferentes atividades extracurriculares, como simulações da ONU e o Núcleo de Estudos e Pesquisas Audiovisuais. Para custear seu application e ter uma orientação personalizada, Raniery foi um opportunity student do programa Oportunidades Acadêmicas do EducationUSA, que é o representante oficial do governo americano no Brasil para quem deseja estudar nos Estados Unidos.

Um pouco antes de começar a entrevista de fato, que, na verdade, foi mais uma conversa com o Raniery, explicamos que gostaríamos que ele falasse sobre oportunidades que ele está tendo estudando em uma universidade norte-americana e que provavelmente não teria no Brasil, já que é de senso comum que as universidades americanas carregam um grande renome. A resposta não veio de imediato, mas, sim, ao longo de toda a nossa conversa.

Raniery primeiramente destacou: “Fiz algumas aulas no curso de direito na UFRJ enquanto esperava o resultado de Wake Forest e, quando comecei a ter aulas nos Estados Unidos, logo notei a diferença: na UFRJ, eu era apenas mais um número, enquanto que, em Wake Forest, quando um aluno falta na aula, o professor liga, manda e-mail e procura saber o que aconteceu. Os professores se tornam pessoas próximas a você.” Rany destaca que a saudade de casa é real, mas que foi muito fácil se adaptar à universidade, já que a mesma possui um número significativo de brasileiros, em torno de 12. Ele relatou também o que não é muito falado por alunos internacionais, assim como pelas universidades em si: “Há muitos alunos internacionais aqui, mas, ao mesmo tempo, isso não quer dizer que eles sejam de muitos países.”

Quando questionado sobre o que fará nos próximos anos, ele disse com entusiasmo que pensa em fazer um intercâmbio acadêmico para a Bélgica, onde está a sede do parlamento Europeu — um paraíso para quem quer entender a política europeia mais de perto. Rany fala ainda sobre um programa que, para ele, é único em Wake Forest e de muito crescimento na área em que deseja se graduar: o Wake Washington Program. Para ele, estar na atmosfera da capital estadunidense por um ou dois semestres, possibilita ao estudante colocar “a mão na massa” de tudo o que aprende na sala de aula.

E, claro, em meio a muitas possibilidades, Rany conta que Wake Forest University tem a política de passar muitos deveres de casa, possui uma ótima biblioteca com mais de 8 andares, onde os alunos costumam ficar até de madrugada estudando e possuem total segurança para transitar pelo campus a qualquer hora. Morar dentro da universidade, o que é uma prática comum nas universidades norte-americanas, elimina o grande tempo de deslocamento que uma pessoa que mora em São Paulo ou no Rio de Janeiro teria. O campus living traz mais conforto para o aluno e menos estresse.

Por fim, Raniery afirma que sair de sua zona de conforto trouxe a possibilidade de fazer coisas que ele nunca faria antes, como participar de um grupo de dança e ter novos interesses acadêmicos.